Eu acho que já falei um pouco de minha infância aqui, coisas que certamente traumatizaram minha vida.
Com meus poucos anos de idade, eu estudava na pré-escola, que muito mais tarde fui perceber que não era escola e que só era um preparatório para escola, por isso mesmo chamado PRÉ-escola. A gente tinha tarefas muito complicadas das quais só me lembro duas: aprender a escrever o próprio nome, o alfabeto, as cores e alguns palavrões que gente não podia falar durante os dois primeiros meses de aula e brincar o máximo que podíamos para que a “tia” pudesse descansar o restinho do ano. Não sei o porquê, mas tive problemas só com a primeira tarefa.
Quando se tem que aprender a assinar o nome é que você percebe como um pai pode ser maligno com uma criança, até mesmo antes dela nascer. Qual a única letra do nome “Wagner” você não encontra em nenhuma outra palavra em português e que provavelmente uma criança nunca sequer pensou que existisse. Passei um mês, dos dois que eu tinha, pra fazer o “dábliu” que eu não sabia nem pronunciar, quanto mais escrever. Entretanto, depois de um trabalho árduo eu usei um gameshark (uma manhazinha) e virei a folha de ponta cabeça desenhei um M e virei de volta no lugar e, desde então, minha vida mudou, aprendi a escrever o meu nome.
Eis que então surgiu outro problema mais adiante. Tive que fazer o I maiúsculo, mas não esse com três pauzinhos, dois na horizontal e um na vertical; aquele maldito que fazia um monte de curvas e não parecia em nada com um i grandão. Nesse eu fiquei empacado mais uns três meses e eu acho que é por isso que a professora não gostava de mim, deixei ainda menor o restinho de ano que ela tinha pra descansar.
Em resumo, quando tiver um filho batize de Bob ou Ana. Quanto menos letras, menos trauma.
=D
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