domingo, 7 de março de 2010

Iiiiiihhhhhhh!!!

Eu acho que já falei um pouco de minha infância aqui, coisas que certamente traumatizaram minha vida.

Com meus poucos anos de idade, eu estudava na pré-escola, que muito mais tarde fui perceber que não era escola e que só era um preparatório para escola, por isso mesmo chamado PRÉ-escola. A gente tinha tarefas muito complicadas das quais só me lembro duas: aprender a escrever o próprio nome, o alfabeto, as cores e alguns palavrões que gente não podia falar durante os dois primeiros meses de aula e brincar o máximo que podíamos para que a “tia” pudesse descansar o restinho do ano. Não sei o porquê, mas tive problemas só com a primeira tarefa.

Quando se tem que aprender a assinar o nome é que você percebe como um pai pode ser maligno com uma criança, até mesmo antes dela nascer. Qual a única letra do nome “Wagner” você não encontra em nenhuma outra palavra em português e que provavelmente uma criança nunca sequer pensou que existisse. Passei um mês, dos dois que eu tinha, pra fazer o “dábliu” que eu não sabia nem pronunciar, quanto mais escrever. Entretanto, depois de um trabalho árduo eu usei um gameshark (uma manhazinha) e virei a folha de ponta cabeça desenhei um M e virei de volta no lugar e, desde então, minha vida mudou, aprendi a escrever o meu nome.

Eis que então surgiu outro problema mais adiante. Tive que fazer o I maiúsculo, mas não esse com três pauzinhos, dois na horizontal e um na vertical; aquele maldito que fazia um monte de curvas e não parecia em nada com um i grandão. Nesse eu fiquei empacado mais uns três meses e eu acho que é por isso que a professora não gostava de mim, deixei ainda menor o restinho de ano que ela tinha pra descansar.

Em resumo, quando tiver um filho batize de Bob ou Ana. Quanto menos letras, menos trauma.

=D

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