quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Grey's Anatomy: o pornô da medicina

Até na chamada tem gente se pegando

Eu acho que muitos dos leitores desse blog já se aventuraram em assistir a uma maratona de filmes pornôs e sofreram as consequências desse ato um tanto insano. Fato é que depois de um longo contato com esses filmes, é comum estranhar quando se vai à farmácia e a atendente não é gostosa e apenas entrega o remédio sem querer oferecer algo a mais ou brincar de médico. Ainda quando se pede uma pizza e o entregador é um motoboy mal encarado em vez de uma moça linda que, independente do pedido feito, traz uma de calabresa só pra poder fazer o trocadilho.

Pois é, nem sempre a ficção imita a realidade e vice-versa. Uma pena!

Diante desse raciocínio, cheguei a uma comparação interessante: aquela série de médicos galãs chamada Grey´s Anatomy é o pornô da medicina. Nela, todos os médicos são gostosões e todas as mulheres, maravilhosas e cheias de si. Lá a gente passa a entender porque um médico faz plantão de 48 horas. Pelo menos 12 horas desse período, ele fica tentando solucionar os problemas de um relacionamento mal resolvido ou fofocando da vida do médico alheio. As outras 36, fica lamentando a morte de um paciente. Fantástica a vida de um médico naquela série: simplesmente ele não trabalha.

Digo que a série deve ser o pornô da medicina porque tem sempre alguém fazendo sexo naquele hospital. Eu fico imaginando um doutor que acompanha a série indo para um dia de trabalho. Deve ser uma decepção quando a enfermeira só entrega o formulário ou quando aquela colega médica o convida para um almoço e realmente pretende só se alimentar.

Mais interessante ainda que se pode aprender com Grey’s é que médico não tem cama. Primeiro porque eles não dormem. Segundo porque sempre que eles vão transar com alguém é no almoxarifado. Outra opção é em uma sala que não tem nenhum paciente. Agora, incrível é como o hospital está sempre lotado, com fila de espera e sempre tem uma sala com leito vago para dois médicos se pegarem. Deve existir uma cota de leito no hospital para a fornicação médica. A sala 69 sempre serve pra isso.

Por isso que o SUS não vai pra frente!!

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Limpando o salão

Vamos aprender com o mestre

Acabou eleição, acabou haloween, acabou a festa, acabou feriado e acabou minha paciência com isso tudo. Como não se fala em outra coisa, pretendo eu voltar à rebeldia dos anos rebeldes, quando havia rebeldes, e discorrerei sobre outra coisa.

Há pouco, falei sobre a catotofilia em um post nada corriqueira deste blog. Trata-se do hábito considerado excêntrico de degustar dessa relíquia narina que é a catota. Uma amiga e leitora lembrou-me bem daquela frase que mamãe sempre fala pra gente quando nos pega com o indicador no nariz: “Vai ter festa hoje?”. Nunca entendi a pergunta. Ao ver minha cara de ponto de interrogação, emplacava: “Você está limpando o salão” e ria gostosamente como se aquilo fizesse sentido.

O interessante é que isso me causava o efeito contrário do que mamãe queria. Em uma troca de causa e consequência, imaginava sempre que mamãe me pegar com o dedão no nariz era motivo de festa, aliás, não se limpa o salão sem necessidade, só quando há festa. O que me frustrava de quando em vez.

No contrário, sempre que sabia que teria festa, limpava o nariz incessantemente, o que me rendeu um septo frágil que sangra sempre. O pensamento era assim: já que há festa, há de se limpar o salão e cada qual que limpe o seu que eu lá limpo o meu sozinho. Assim, dispensava bons momentos do meu dia nesse serviço. A falta do que fazer realmente nos obriga à imaginação.

Por isso, caso tenha eu filhos, direi que é uma obrigação de toda criança colocar o dedo no nariz, assim como é de fazer o dever de casa. Garanto que não os verei fazendo isso uma vez sequer.

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