Luto

Não é fácil ser polvo nesse país

Hoje é dia de luto para o mundo da futilidade. Embora alguém de uma futilidade extrema, essa personagem merece certo respeito. Morreu o polvo Paul. Sim, aquele molusco simpático que acertou todos os seus oito palpites da Copa do Mundo desse ano. Juro que quando recebi a notícia chorei feito uma mocinha, logo pensei: “Ih, vão ter que devolver os ingressos”. Uma leve confusão, os fãs de McCartney podem ficar tranquilos.

Os mais crédulos lamentaram a morte do animal pelas previsões. Reza a lenda que o Sindicato dos Videntes está em lágrimas pela perda de seu mascote, fato que os pegou de surpresa.Já os mais céticos mostram sua tristeza somente com uma indagação: o leque de opções de moluscos que deus poderia levar, por que justamente o Paul? De fato, vaso ruim não quebra.

Há uma série de teorias sobre a morte do pobre Paul. Uns dizem que o animal não suportou o desgosto de ser obrigado a prever quem seria o próximo presidente do Brasil e morreu. Outros ainda dizem que Mick Jagger, arque-inimigo de Paul, resolveu dar cabo do animal. Há quem chegue ainda ao absurdo de dizer que o polvo morreu de morte natural.

A verdade é que o pobre Paul foi assassinado por ego. Sendo o molusco mais conhecido do Brasil, causou tanta inveja no segundo colocado que foi morto e, obviamente perdeu o posto para esse segundo invejoso. Dizem que é mania desse fazer de tudo para conseguir o primeiro lugar a força.

A verdade é que o esperto polvo Paul fez uma última previsão antes de sua morte: tem sempre um molusco pra ferrar com a vida do povo... ops, polvo.

Salve! Salve! Vá em paz polvo Paul!

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